sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Estado da Nação

Sociedade dividida, Estado desacreditado... 
  A nossa Sociedade atravessa uma crise económico-social gravíssima. Enquanto os pequenos comerciantes, pequenos industriais e trabalhadores ,vítimas do trabalho precário, ficam desempregados, anunciam falências e despendem funcionários, os Euro-Deputados viram os seus salários duplicados...
  • Será correcto conferir múltiplos benefícios aos políticos e esquecer as famílias que sobrevivem com menos de quatrocentos e cinquenta euros por mês?
 
  As desigualdades sociais acentuam-se de dia para dia. Não há uma semana em que não se noticie o fecho de uma empresa ou a suspensão dos trabalhos numa fábrica. No mundo há uma preocupação crescente, enquanto milhões de pessoas passam fome e vivem em condições degradantes, uma minoria desfruta de riqueza e bem-estar.
  A falta de dignidade humana está a revelar-se, a corrupção aumenta e os casos de burla elevam-se.
  O conceito de Estado aponta para uma instituição que apele à igualdade de direitos e deveres e para a segurança dos cidadãos. O problema reside na falta de eficácia dos nossos representantes para assegurarem estes objectivos do Estado. Os vilões dos mercados e das economias cresceram e, por vezes, escapam ilesos a acusações devidamente fundamentadas.
  A população pergunta-se: “ Que exemplos são estes vindos dos nossos “superiores”?”; este é o factor que determina a falta de interesse das pessoas acerca da vida política, acerca dos problemas mundiais. O facto das desigualdades sociais terem vindo a aumentar leva a um aumento do crime, das ondas de criminalidade. Os cidadãos sentem-se abandonados por aqueles a quem conferiram a sua opinião, a sua representação. Fica aqui um ponto de reflexão...

A política é um processo muito criativo, mas o fosso é cada vez maior...


Este texto é da minha autoria e foi publicado no Jornal InfoViriato (Jornal da Escola Secundária de Viriato)

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