sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ciência, um mundo controverso...

Ao longo da história da humanidade o ser humano foi dominando diversas áreas do conhecimento. Desde os tempos mais remotos que Homem procurou não só conhecer os perigos dos elementos da Natureza bem como dominá-los e tirar partido destes.
É caracteristica do Homem a procura pela Evolução, pelo Desenvolvimento e pelo Domínio. Esta incessante fome de Poder que o Homem revela tem sido fortemente criticada e avaliada nos últimos tempos.
Através do desenvolvimento científico e tecnológico o Homem tem ido mais além na procura das origens do Mundo, tentando explicar diversos fenómenos até então incompreensíveis.
Associada a esta procura científica estão também os riscos que advêm do desenvolvimento científico.
Devemos então colocar obstáculos ao progresso científico?
A resposta a esta pergunta tem gerado muito controvérsia, nomeadamente tem daí resultado um duelo entre Ciência e Religiao.
Muitos analistas revelaram que o Homem, com esta capacidade de cooperação e interesse de chegar mais além e ultrapassar os seus limites, contribui para um crescente desenvolvimento cientifico que consequentemente possibilita uma expansão da mente Humana.
Os mistérios da nossa existência e da existência do que nos é exterior movem o espirito humano para a curiosidade, para a necessidade de descoberta, o desejo da compreensão.

“O mistério gera curiosidade e a curiosidade é a base do desejo humano para compreender” – Neil Armstrong
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Graças à irreverência do Homem e à sua capacidade exploradora obtivemos triunfos impensáveis. Em 1969 o Homem pisou solo Lunar.
Anteriormente a este feito, o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, disse : “Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir à Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis”.

O ser Humano movido pelo seu espirito de procura incansável proporciona a toda a Humanidade descobertas gratificantes e importantes para a espécie Humana.
Há no entanto opiniões que contrariam esta ideia de benefícios associados ao desenvolvimento Cientifico.
O seu browser pode não suportar a apresentação desta imagem. O seu browser pode não suportar a apresentação desta imagem. Há movimentos que se opõem à descoberta cientifica. Há correntes ecologistas que defendem uma total preservação dos ecossistemas e do Ambiente para que se mantenha o equilíbrio Terrestre. Os ecologistas entendem que o progresso tecnológico e científico contribui para um aumento dos resíduos mundiais; tanto associados à produção industrial bem como ao aumento da população mundial e consequente aumento de resíduos.
A religião representou ao longo da história Humana um essencial instrumento de educação e de aprendizagem, na idade média a educação e a alfebatização estavam entregues aos sacerdotes e outras entidades religiosas. No entanto O seu browser pode não suportar a apresentação desta imagem. este conhecimento era fortemente influenciado pelo saber bíblico e quando novos movimentos científicos apareceram houve conflitos ideológicos entre Igreja e Cientistas. Nos dias de hoje é verificável que a Religião se opõe ao conhecimento cientifico pois muitas vezes este conhecimento anti-dogmático põe em causa O seu browser pode não suportar a apresentação desta imagem. várias concepções bíblicas.

“É importante ter metas, mas também é fundamental planear cuidadosamente cada passo para atingi-las” - Autor Desconhecido


Como devemos então entender o desenvolvimento científico? 
Há que haver uma ponderação em relação a estas duas opiniões distintas. Por um lado o desenvolvimento científico constitui uma importante ferramenta na criação de uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais atenta às necessidades do Homem, por outro pode haver um desrespeito pelas leis morais que regem o comportamento humano.
Na minha opinião pessoal o desenvolvimento científico deve ser prioritário no que conta a incentivos e apoios. É evidente que inúmeras vantagens, a nível social, económico e financeiro são proporcionadas pelo saber científico.
O conhecimento científico constitui uma importante ferramenta de criação de um cidadão interessado, preocupado e alerta para os fenómenos que nos rodeiam. A demarcação entre senso comum e conhecimento científico não deve ser esquecida. O conhecimento científico, com as suas características de rigor, precisão, verificabilidade  e método deve ser previligiado pois para o Homem que pretende interpretar de uma melhor forma o Mundo deve fazê-lo da forma mais correcta, impessoal e minunciosa.
Apenas a educação científica permite reduzir os riscos da visão sobre o Mundo decorrente do senso comum que contrariamente ao conhecimento científico assume os factos tal como eles nos surgem (factos brutos) e os torna inquestionáveis. Este tipo de observação é perigosa pois facilemente o Homem se torna num ser iludido e que cai, inconscientemente, no abismo da ignorância e desconhecimento. O senso comum é importante para regrar e orientar a acção humana mas deve-se ir mais além na nossa descoberta e demarcar-se do senso comum, estudando, analisando e compreendendo os factos não tal como eles nos surgem mas levando-os à analise mais profunda que é defendida pelo conhecimento científico.

“Há uma perpétua troca de serviços entre a ciência e o empirismo. Muitas vezes a função da primeira consiste em formalizar o que a segunda descobriu”-  Multatuli

Contudo há também preocupações relativamente ao desenvolvimento da ciência. As leis da ética muitas vezes são desrespeitadas e o Homem transforma-se num ser apático, frio e incapaz de medir as consequências dos seus actos e por isso sobrepõe os interesses científicos à dignidade humana.

“O problema não é que os computadores passem a pensar como a gente; mas que a gente passe a pensar como eles.” - Erich Fromm

Apesar de tais inconvenientes a defesa em prol do desenvolvimento da ciência deve ser imune a estas constatações. Se observarmos atentamente a ciência tem proporcionado ao Homem inúmeras descobertas vantajosas e que fazem o ser humano evoluir quer cognitivamente quer socialmente.
Embora se deva ser imune a estas críticas há que haver um equilíbrio entre ciência e ética. Se houver um controlo ético, uma consciência moral bem construída então nao vejo riscos de por em causa a dignidade humana. Por em causa a ciência isso sim será um erro grave na construção de uma Sociedade pensante. 
Em suma, o conhecimento científico é, sem dúvida, fundamental numa Sociedade; graças a este cada indivíduo tem a oportunidade de saber justificar relações de Causalidade, de saber interpretar fenómenos e de saber perceber as sucessões de acontecimentos. O conhecimento científico tem ao longo dos anos proporcionado ao Homem mais condições de bem-estar, de longevidade e de qualidade de vida, por isso será uma insanidade hipotecar este tipo de conhecimento.

“Os progressos da ciência obedecem à lei da repulsão: para dar um passo em frente, é preciso começar por derrubar o domínio do erro e das falsas teorias” - Pasternak


Documento para avaliação na disciplina de Filosofia 11º (2009/2010)

Estrasburgo - Março 2009

Tema: “Environment, transport, energy –  What action can be taken at individual, local, European, and global level to encourage sustainable development?”


A Sociedade insiste em considerar o Homem um ser perfeito... Visão hipócrita até porque é  o Homem que está a pôr em causa o magnífico equilíbrio que é a Natureza. As temperaturas têm vindo a aumentar ao longo dos anos e é importante salientar que estas alterações climáticas se devem a factores antropogénicos.
Desde a Revolução Industrial que o Homem está preso aos combustíveis fósseis, fontes de energia estas que poluem a Terra e que estão num eminente desaparecimento.
Os anos passam, a população aumenta, a economia avança e recua, a população cresce exponencialmente e o planeta não estica. Os instrumentos naturais de defesa aos raios solares,  como a camada de ozono, estão a ser destruídos pelos gases libertados pelo Homem nas suas actividades quotidianas, desde uma simples deslocação de automóvel às emissões de agentes poluentes pela indústria.

  • Conseguirá  o Planeta Terra resistir a estas agressões ambientais?
A Humanidade acordou tarde para esta problemática. Tal é evidênciado pelo facto de que os agentes poluentes emitidos hoje actuam na destruição da camada de ozono durante uns alarmantes cem anos.
Devemos ter consciência de que estamos a destruir o planeta e a pôr em causa as gerações futuras. Não podemos ser egoístas, não só perante as próximas gerações, mas também em relação a outras espécies. Deve ser regrada a exploração dos recursos naturais, principalmente os não renováveis, e se possível substituir estes últimos por fontes renováveis.
  • Que medidas tomaram os governantes mundiais para proteger o ambiente?
É pena que para a resolução desta assustadora realidade só tenham sido tomadas medidas muito recentemente. Os políticos, embora fizessem discursos apelativos sobre as questões ambientais, quando Governo, muito raramente tomavam as medidas necessárias para prevenir a deterioração do ambiente. É um dever do Homem, enquanto ser terrestre, zelar pela continuidade deste extraordinário planeta.
Há que tomar medidas concretas para a minimização destes problemas, para que o impacto na harmonia dos subsistemas da Terra seja menor.
  • A dificuldade de mudança dos nossos hábitos “sujos”  leva-nos à prioridade de torna-los “limpos”. Está visto que os hábitos demoram décadas a serem alterados, então, se mantivermos as nossas práticas, estas terão de se adaptar a esta urgente situação. Já se verifica, embora em pequena escala, esta medida. Os automóveis híbridos desempenham funções idênticas aos habituais automóveis, mas não poluem o Ambiente. Consideramos que estas mudanças se deveriam alargar a outro sectores, como por exemplo a indústria.
  • Obrigação de construção de casas auto-suficientes em energia, providas de painéis solares e micro-aerogeradores que possibilitem a micro-produção de electricidade. Adjacente a esta medida estão ajudas no financiamento de aerogeradores. Devem também adaptar-se mini-painéis solares nas varandas de apartamentos.
  • Cultivo da ideia de criação de áreas verdes no cimo de apartamentos para que se diminua a poluição citadina.

 Pode ser que esta frase alerte os “Senhores do Mundo”:
A economia prejudica o ambiente, mas sem um bom ambiente a economia não  é viável...



Projecto de Recomendação apresentado e elaborado por mim na Comissão do Ambiente (Presidida por mim) no Parlamento Europeu em Estrasburgo - Março 2009       Noticia InfoViriato - Página 4

A República

O declínio da nossa República é  cada vez mais evidente. A corrupção mancha o orgulho da nossa bandeira. São frequentes as polémicas relacionadas com a corrupção, ideológica e social. Os nossos políticos, que se comprometem a servir o país e proporcionar um bom rumo para a nossa pátria, resolvem apenas servir de oposição ao governo, defendendo apenas o seu partido e não cooperam para um país melhor. Associada a esta falta de cooperação política está a crise ideológica; os partidos perdem a sua identidade e resumem-se a oporem-se às propostas apresentadas por outras identidades políticas.
Aquando da instauração da República os objectivos dos revolucionários eram proporcionar a igualdade de direitos e liberdades de todos os cidadãos e acabar com as desigualdades sociais, divisão da população em classe sociais minimizando a pobreza através de uma melhor distribuição da riqueza.
Ao longo do período de existência de república em Portugal foram instaurados sistemas políticos que não respeitavam estes ideais.
Nos dias de hoje as desigualdades sociais fazem-se ouvir através da pobreza, da criminalidade e da marginalidade. A falta de transparência, a falta de serenidade acentua estes problemas. A população começa a desacreditar da vida política alheando-se de vários problemas comuns.
Há a necessidade de implementar medidas que contribuam para a educação de cidadãos interventivos, medidas que visem uma maior proximidade entre Política-Cidadão e medidas que promovam uma justiça mais eficaz.
No sentido de responder a alguns destes problemas apresentam-se as seguintes medidas:
  • Descentralização do poder através da criação de regiões administrativas. Esta medida favorece uma democracia participativa em que o cidadão está próximo da vida política. Através da regionalização são minimizadas diferenças entre regiões litorais e o interior.
  • Alteração nos métodos de educação para a cidadania. Alterações a nível da disciplina de Formação Cívica com o propósito de tornar esta disciplina um verdadeiro instrumento de formação de um cidadão activo, de um cidadão interessado pela causa pública, um cidadão interventivo. As aulas de formação Cívica seriam alargadas ao ensino primário e lecionadas por professores especializados neste tipo de aulas, no sentido de promover aulas dinâmicas de discussão de problemas comuns e fomentar o interesse nos jovens. Aulas de formação Cívica essas que asentariam num sistema de leccionamento dinâmico, que levasse os alunos a agir.
  • Criminalização do enriquecimento ilícito. Os cidadãos que estejam na posse de património e/ou rendimentos superiores aos indicados nas declarações de rendimentos prestadas aos orgãos competentes e não justifiquem satisfatóriamente a origem lícita de tal riqueza devem ser condenados. Esta medida aplica-se apenas aos cidadãos que são abrangidos pela Obrigação de Declaração de Rendimentos e património, conforme Lei n.º 4 / 83, de 2 de Abril.

Projecto de Recomendação Lista C Parlamento dos Jovens Secundário 2009/2010 (Lista encabeçada por mim)

Estado da Nação

Sociedade dividida, Estado desacreditado... 
  A nossa Sociedade atravessa uma crise económico-social gravíssima. Enquanto os pequenos comerciantes, pequenos industriais e trabalhadores ,vítimas do trabalho precário, ficam desempregados, anunciam falências e despendem funcionários, os Euro-Deputados viram os seus salários duplicados...
  • Será correcto conferir múltiplos benefícios aos políticos e esquecer as famílias que sobrevivem com menos de quatrocentos e cinquenta euros por mês?
 
  As desigualdades sociais acentuam-se de dia para dia. Não há uma semana em que não se noticie o fecho de uma empresa ou a suspensão dos trabalhos numa fábrica. No mundo há uma preocupação crescente, enquanto milhões de pessoas passam fome e vivem em condições degradantes, uma minoria desfruta de riqueza e bem-estar.
  A falta de dignidade humana está a revelar-se, a corrupção aumenta e os casos de burla elevam-se.
  O conceito de Estado aponta para uma instituição que apele à igualdade de direitos e deveres e para a segurança dos cidadãos. O problema reside na falta de eficácia dos nossos representantes para assegurarem estes objectivos do Estado. Os vilões dos mercados e das economias cresceram e, por vezes, escapam ilesos a acusações devidamente fundamentadas.
  A população pergunta-se: “ Que exemplos são estes vindos dos nossos “superiores”?”; este é o factor que determina a falta de interesse das pessoas acerca da vida política, acerca dos problemas mundiais. O facto das desigualdades sociais terem vindo a aumentar leva a um aumento do crime, das ondas de criminalidade. Os cidadãos sentem-se abandonados por aqueles a quem conferiram a sua opinião, a sua representação. Fica aqui um ponto de reflexão...

A política é um processo muito criativo, mas o fosso é cada vez maior...


Este texto é da minha autoria e foi publicado no Jornal InfoViriato (Jornal da Escola Secundária de Viriato)